sábado, 3 de janeiro de 2009

Sem título.

Amanhã faço anos. São 17 no total. Ainda ontem nasci, amanhã já faço 17.
Não há muito para contar afim de os resumir. A minha vida é normal, dentro da normalidade de uma adolescente com 16 anos.
Recentemente vi-me envolvida num sentimento que nunca quis que fizesse parte de mim. Mas graças a alguma força que tenho e a pessoas que fazem parte desta fracção de ciclo de vida, estou a conseguir superá-lo. Embora tenha enfiado na cabeça que ele é mais forte do que eu, por vezes incontrolável até. Hei-de conseguir ultrapassá-lo. Enfim, coisas da adolescência. Quando fores, se nunca foste, vais saber do que falo.
É muito estranho. De um dia para o outro já és adolescente. Passas de uma inocente e fofa criança, para uma adolescente com gostos específicos, leia-se embirrenta.
Gostava de poder ultrapassar esta fase. De criança transformava-me em adulta. Deixava para trás as bonecas, os bonecos e trocava-os por bonecas e bonecos de verdade, daqueles que não se vendem em lojas de brinquedos, os que não precisam de pilhas nem de carregamentos sucessivos, aqueles que não são telecomandados. Se pudesse comprá-los em lojas de brinquedos, concebidos por mim, comprava.
Pensando bem, como isto não existe, prefiro ficar no meu mundo. Aquele mundo que eu deixei sozinho. Já se passaram 17 anos, agora é um bocadinho tarde para querer redimir o que já não tem solução.
Agora o que importa é ter força para chegar aos 115 anos, como aquela senhora portuguesa. Mesmo que nos intervalos da minha adolescência/vida adulta, me limite a ser a criança que um dia fui.
Obrigado pela vida que me deste até hoje, Entidade Superior, faço questão de a viver por muitos mais anos.

Bólinhas (Joana)

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